quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
Tudo deve ser feito dentro da lei, sempre!
Todos já viram. Discutiram. Divulgaram...
Mais uma vez nosso Brasil e suas intituições se mostram na idade da pedra.
Recentemente, foi divulgado na internet um vídeo onde delegados da Polícia Cívil de São Paulo tiraram a roupa de uma ex-escrivã durante uma revista.
No vídeo, um dos delegados algema a ex-escrivã e arranca a roupa dela à força. Durante esta "revista" os policiais encontram 4 notas falsas de R$ 50,00. Com isso a ex-escrivã, foi afastada do cargo acusada de corrupção.
Enfim, o vídeo é constrangedor e vergonhoso. Se a ex-escrivã realmente recebeu dinheiro como propina, merece ser afastada do cargo sim, como foi, mas nada justifica a ação dos delegados. Direitos precisam ser preservados e não se justifica um erro com o outro.
Se os delegados tinham tanta certeza da culpa da ex-escrivã, chamassem uma policial feminina para a revista, nem que demorasse horas, a ex-escrivã poderia ficar sob vigilância na sala, até que a policial chegase para a revista. Simples.
Mas, pelas imagens, percebe-se que existia uma policial feminina da sala. Estranho não é?
Não se colhe provas descumprindo a lei. O artigo 249 do Código de Processo Penal é bem claro: "A busca em uma mulher será feita por outra mulher, se não importar retardamento ou prejuízo da diligência."
Agora temos a pior parte: o processo foi, na época, arquivado. O juiz que arquivou o caso achou tudo normal? Dentro da lei? Se ele achou o procedimento legal, o caso se torna ainda pior.
Mais um detalhe: reparem que na hora que o policial diz achar o dinheiro, a câmera passa por trás de um outro policial e encobre o momento exato da localização da propina. Além disso, as notas eram falsas, mais um detalhe estranho. Não estou dizendo que a ex-escrivã é inocente, mas tudo deve ser investigado, pois esta ação policial é, além de ilegal, no mínimo estranha...
Barbaridade, ignorância e abuso de poder. Parabéns a estes policiais que nos fizeram lembrar que ainda somos os tupininquins e que ainda precisamos evoluir muito...
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