quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Grandes Porções




Hoje, depois de muito tempo volto a escrever. O último post deste blog foi no dia 24 de fevereiro de 2011. Escrever sempre foi um hábito que me encheu de prazer, e por falar em prazer me deparei com uma frase que muito me fez pensar:
"Para a maioria, quão pequena é a porção de prazer que basta para fazer a vida agradável!"

Essa frase atribuída a Friedrich Nietzsche que dispensa apresentações, me fez refletir sobre o que esperar da vida. Sobre o que torna a nossa vida agradável!  Não quero falar sobre o que você deve esperar, pois não tenho esse direito, mas posso falar sobre o que eu espero.

Sempre espero muito, pois o pouco é fácil fazer. Uma pequena porção de "prazer" é fácil de se conseguir. Mas você se contenta com essa pequena porção? Poucas pessoas na sua vida irão te oferecer grandes porções, poucas pessoas podem te oferecer o "diferente", isso simplesmente porque todos estão muito preocupados com sua vida e esquecem de compartilhar, de dividir e principalmente de ouvir.

Ouvir, ah o ouvir. Tão difícil de praticar.

O que te faz especial? O que te faz diferente? Se você for indagado com essas perguntas o que você responderia?

Quero as grandes porções da vida, quero tudo que os outros acham impossível, ou tudo aquilo que os outros acham desnecessário. Quero tudo aquilo que saiu da moda, quero o que não se usa mais, quero aquilo que não se faz mais. Quero sonhos impossíveis, amores inabaláveis, amizades sinceras, inimigos de verdade (sim, na vida também precisamos de inimigos) e quero um dia poder oferecer grandes porções e espero nunca aceitar as pequenas porções....

Obs. Graças a Deus posso falar que tenho recebido grandes porções....

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Tudo deve ser feito dentro da lei, sempre!




Todos já viram. Discutiram. Divulgaram...

Mais uma vez nosso Brasil e suas intituições se mostram na idade da pedra.

Recentemente, foi divulgado na internet um vídeo onde delegados da Polícia Cívil de São Paulo tiraram a roupa de uma ex-escrivã durante uma revista.

No vídeo, um dos delegados algema a ex-escrivã e arranca a roupa dela à força. Durante esta "revista" os policiais encontram 4 notas falsas de R$ 50,00. Com isso a ex-escrivã, foi afastada do cargo acusada de corrupção.

Enfim, o vídeo é constrangedor e vergonhoso. Se a ex-escrivã realmente recebeu dinheiro como propina, merece ser afastada do cargo sim, como foi, mas nada justifica a ação dos delegados. Direitos precisam ser preservados e não se justifica um erro com o outro.

Se os delegados tinham tanta certeza da culpa da ex-escrivã, chamassem uma policial feminina para a revista, nem que demorasse horas, a ex-escrivã poderia ficar sob vigilância na sala, até que a policial chegase para a revista. Simples.

Mas, pelas imagens, percebe-se que existia uma policial feminina da sala. Estranho não é?

Não se colhe provas descumprindo a lei. O artigo 249 do Código de Processo Penal é bem claro: "A busca em uma mulher será feita por outra mulher, se não importar retardamento ou prejuízo da diligência."

Agora temos a pior parte: o processo foi, na época, arquivado. O juiz que arquivou o caso achou tudo normal? Dentro da lei? Se ele achou o procedimento legal, o caso se torna ainda pior.

Mais um detalhe: reparem que na hora que o policial diz achar o dinheiro, a câmera passa por trás de um outro policial e encobre o momento exato da localização da propina. Além disso, as notas eram falsas, mais um detalhe estranho. Não estou dizendo que a ex-escrivã é inocente, mas tudo deve ser investigado, pois esta ação policial é, além de ilegal, no mínimo estranha...

Barbaridade, ignorância e abuso de poder. Parabéns a estes policiais que nos fizeram lembrar que ainda somos os tupininquins e que ainda precisamos evoluir muito...

sábado, 5 de junho de 2010

Demasiadamente Desumano


No último domingo, 23 de maio de 2010, o Domingo Espetacular, programa jornalístico da Rede Record, mostrou uma reportagem sobre o descaso nos hospitais públicos do Brasil.

Desde que comecei a acompanhar os noticiários e a dar mais atenção as notícias dos jornais em geral, o problema saúde pública nunca deixou de existir e, além disso, tende a piorar a cada dia.

As cenas assustam. Pessoas morrendo em meio a atendentes, enfermeiras e outros pacientes. Entre as cenas vistas, algumas marcaram a reportagem: na primeira delas uma mulher dá a luz sentada em uma cadeira na recepção de um hospital. Ela chega, começa o trabalho de parto, a criança nasce e, durante todo este período, não aparece nenhum médico ou enfermeira. O pai se desespera, a mãe quase desmaia exausta pelo esforço do parto, uma cena simplesmente desumana. A pior parte desta cena é quando uma enfermeira chega no local, ela olha, comenta algo, vai embora e não volta mais, puro descaso. Fiquei imaginando como uma enfermeira pode fazer isso. Outra cena forte foi a de uma empregada doméstica de 30 anos que tem um ataque em pleno corredor do hospital. Ela treme, geme, não consegue respirar, a irmã e a amiga se desesperam, gritam por ajuda, ao lado da cena está uma enfermeira com as mãos no bolso, ela simplesmente observa, não faz nada, só observa. Entendo que talvez a enfermeira não pudesse resolver muita coisa, mas a omissão é a prova de um descaso desumano que vai acima da minha compreensão, muita calma e frieza durante um momento tão assombroso. A doméstica é atendida depois de muito tempo, ficou cega e até agora não sabe o porquê.

A reportagem prossegue e o quê vemos é mais descaso, hospitais lotados, pessoas sendo medicadas nos corredores. Os atendentes nunca sabem de nada, as enfermeiras em nada ajudam, os médicos nunca estão presentes, os leitos sempre lotados, as consultas com especialistas são marcadas para meses depois, as ambulâncias não são suficientes e etc., etc., etc. Todos estes problemas se alastram a décadas, assim como sempre ouvimos de corrupção, ouvimos dos problemas do sistema de sáude público. Anos e anos e os mesmos problemas perduram.

As imagens foram levadas ao ministério público que se manifestou através de um representante que disse algo que traduz tudo o quê a reportagem mostrou: "Sempre soubemos que a qualidade da admnistração nos hospitias não são das melhores, mas a falta de humanização dos atendentes, enfermeiros e etc. realmente imprescionam".

Uma das coisas que mantém a humanidade com pequenas chances de dar certo, é o sentimento pela vida, seja ela a sua própria ou a alheia. A história mostou isso. Um sentimento inconsciente, mas que garante a harmonização da vida em sociedade. É pelo amor a vida que pessoas se unem e ajudam umas as outras. O ser humano já provou isso em momentos históricos na humanidade: guerras, catástrofes, ditaduras e etc.

Nestes momentos muitas pessoas se uniram e arriscaram sua vida para garantir a vida de outras pessoas que nem sequer conheciam ou iriam conhecer. Este respeito pela vida é o que nos mantém vivos como humanidade. Estes médicos, enfermeiras, atendentes e todos que demonstraram o descaso no atendimento a seus pacientes, revelaram um lado do ser humano que realmente assusta. A ética profissional sumiu de de seus currículos, seus valores pessoais se desmancharam e tudo isso só contribui para piorar a situação destas pessoas que necessitam do Estado para terem um atendimento médico-hospitalar. O Estado tem deixado a desejar, e agora, o ser humano também tem feito o mesmo papel, contribuindo para que o descaso se torne ainda mais desumano, demasiadamente desumano....

terça-feira, 27 de abril de 2010

E você? Lembra do quê?

Estes dias estava na praia, conversando com alguns amigos, conversa esta regada a cervejas e durante várias besteiras que falávamos, um amigo me perguntou: “Qual o fato histórico mais marcante que você já presenciou”?

Em questões de segundos eu tinha a resposta na ponta da língua: a queda do Muro de Berlim. Não sei o porquê, mas nunca esqueci as cenas que assisti na televisão naquele dia.

O Muro de Berlim foi construído pela Alemanha Oriental em agosto de 1961 e simbolizava a divisão do mundo em dois blocos: capitalistas e socialistas. O muro começou a ser derrubado em 09 de novembro de 1989 e a celebração de sua queda ocorreu quase um ano mais tarde, em 03 de outubro de 1990. Nesta época eu tinha 9 anos de idade, mas lembro das cenas na TV da minha casa. Meus pais estavam atentos e, apesar de não saber bem o que aquilo significava, algo me chamou a atenção. As pessoas quebrando um muro e comemorando. Tudo aquilo era incompreensível para mim, mas as cenas estão vivas em minha mente até hoje.

Na época eu era uma criança de 9 anos, sendo assim, o muro e sua queda não simbolizavam nada, hoje, o muro simboliza a ignorância e a opressão de um poder que se julgava de alguma forma supremo. Sua queda simboliza a luta e a consciência de um povo, consciência de liberdade e direitos que jamais devem ser negados ao ser humano: o direito de ir e vir. Premissas básicas da liberdade e da democracia.

Existem vários fatos históricos que presenciei, mas este sempre vem a minha mente.
Acredito que este ideal de liberdade já me chamava a atenção desde pequeno. Hoje me pergunto: será que quebraríamos outro muro de Berlim? Hoje acho que somos mais acomodados. A democracia, ou pelo menos o pouco que conquistamos dela, nos deu uma falsa idéia de que tudo está ótimo e não existem mais muros a serem quebrados.

Hoje tudo é mais “civilizado” mais “democrático”. No mundo ocidental não cabem mais Muros de Berlim, crescemos, evoluímos e caminhamos a cada dia para um mundo mais “coerente”. Não sei até que ponto conseguiremos avançar no caminho à real democracia e ao respeito pelas diferenças, mas pelo menos estamos tentando, por enquanto a sociedade e os governos, pelo menos do lado ocidental, possuem a consciência de que não existe mais espaço para atitudes exclusoras e preconceituosas. Ditaduras opressoras não possuem mais espaço deste lado do mundo. E isso é bom...

Acho incrível recordar este fato, é parte da história que terei sempre em minha mente.

E você? Lembra do quê? (risos)

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Children see....Children do....

Frase...

"Em um mundo que, com frequência, os bons sofrem e os maus prosperam, a promessa de um julgamento moral diante de um deus, é um consolo profundo"

Michael Barkun - Cientista Político (Universidade de Syracuse)

domingo, 6 de setembro de 2009

Àqueles!

Aos chatos, risadas.
Aos negativos, distância.

Aos sonhadores, tempo.
Aos arrogantes, desprezo.

Aos ricos, inveja.
Aos pobres, lamentos.

Aos loucos, paciência.
Aos desiquilibrados, ajuda.

Aos tristes, amizade.
Aos intolerantes, intolerância.

À injustiça, vingança.
À democracia, risadas.

Aos justos e aos bons, boa sorte.